Talvez se existisse no intenso acordar:
Destas feras que correm – antes perdidas
Por noites pretensas...
Não há cadafalso que se justifique
É tua razão – distante de ser algum protocolo
Que dite verdades aos ventos ou sopre
Esta insânia primeira que nos fez perder.
Não me dite mais frases que encerrem
injúrias dos tempos que guardo!
De alguma forma não vou esquecer –
As silentes pilhérias que ouvi...
Nesta era tudo ouve este pranto
Que bem mais quis ser
Tão bem desalento.
Estas frases se perdem –
nosso rumo se perdem e as tábuas derivam
Trazem corpos que se constituem de doces palavras
Lamentando silêncio de outro lado outro homem
Ausente de fala bem melhor se quereria!
Não é néscio o silêncio – quando
a escrita é o que fixa
As últimas diretrizes do que não quer ser
Mas sendo, faz-se mais do que não fosse
Como injúrias que partem-se agora
Em fragmentos de arte e desconsolo.