ando roto em passos tardos
por vielas sem saída
já me escorro desta vida
a alma e a mim ninguém socorre
e já não ando eu escorro
me perde a sanha e a vileza
de mão pura em malvadeza
deda o divino e eu morro
triste amarra um alexandre
não existe a desatar
somente um mar desditado
em que navego devagar
ondas morosas eu dropo
e o mar e o sal e a fé e o mal
e moro então sobre velas
e nelas como mundo eu topo
sem saber donde me escapo
bebo-me e fujo sem sinal
dar de mim vil animal
que esconde a dor no seu papo
e o trapo em que me apresento
esconde a luz de um asceta
e ensaio ritos de morte certa
que porém não represento
de tudo que mais me faço
senão da dor que me aumento
* Publico aqui em meu blog esta preciosidade de poema, escrito por Juniores Rodrigues e Jessé Gabriel da Silva, em ocasião de uma tomada de Coca-Cola. Pretendo em breve publicar ensaio sobre este poema no presente blog.
Joesat Vosie